Controle de custos como prática obrigatória das clínicas médicas

Controle de custos como prática obrigatória das clínicas médicas

O controle de custos é uma prática essencial para a sustentabilidade financeira de qualquer consultório ou clínica médica. Esse processo envolve a identificação, categorização e monitoramento de todos os custos operacionais, desde despesas com pessoal e aluguel até a compra de materiais e equipamentos médicos. O objetivo principal é reduzir desperdícios, otimizar recursos e garantir que os gastos estejam sempre alinhados com o orçamento estabelecido.

Para começar, é fundamental identificar todas as fontes de custos. Isso inclui não apenas os gastos mais óbvios, como salários e aluguel, mas também despesas menores que, somadas, podem representar uma parte significativa do orçamento. Categorizar esses custos em grupos específicos, como custos fixos e variáveis, ajuda a ter uma visão mais clara de onde o dinheiro está sendo gasto.

Uma vez identificados e categorizados os custos, o próximo passo é monitorá-los de forma contínua. Utilizar ferramentas de gestão financeira, pode facilitar esse processo, permitindo que os gestores acompanhem as despesas em tempo real e identifiquem rapidamente qualquer desvio do orçamento. Essas ferramentas também oferecem relatórios detalhados que ajudam na análise dos gastos e na tomada de decisões informadas.

Reduzir desperdícios é uma das formas mais eficazes de controlar os custos. Isso pode incluir desde a renegociação de contratos com fornecedores até a implementação de práticas de sustentabilidade, como a redução do consumo de energia e água. Pequenas mudanças, como a substituição de lâmpadas convencionais por LED ou a instalação de sensores de presença para iluminação, podem resultar em economias significativas a longo prazo.

Otimizar recursos também é crucial. Isso pode envolver a revisão dos processos internos para identificar áreas onde a eficiência pode ser melhorada. Por exemplo, a digitalização de prontuários e a automação de processos administrativos não só reduzem custos com papel e armazenamento, mas também aumentam a produtividade da equipe.

Garantir que os gastos estejam alinhados com o orçamento é fundamental para evitar surpresas desagradáveis. Isso requer um acompanhamento rigoroso das despesas e uma análise periódica do orçamento para ajustar qualquer desvio. Manter uma reserva financeira para emergências também é uma prática recomendada, pois oferece uma margem de segurança para lidar com imprevistos.

Em resumo, o controle de custos é uma prática contínua que exige atenção e disciplina. Com a identificação, categorização e monitoramento adequados, é possível reduzir desperdícios, otimizar recursos e garantir que os gastos estejam sempre sob controle. Dessa forma, os gestores podem assegurar a sustentabilidade financeira do consultório ou clínica, permitindo que os profissionais da saúde se concentrem no atendimento de qualidade aos pacientes.

Melhores Estratégias e Ferramentas:

  • Softwares de gestão de custos: ferramentas adequadas ajudam a monitorar e controlar os custos de forma eficiente.
  • Análise de fornecedores: revisar contratos e negociar melhores condições com fornecedores.
  • Redução de desperdícios: implementar práticas de sustentabilidade e eficiência energética para reduzir custos operacionais.

Atendendo uma das demandas apontada pelos clientes, a DS Contadores Associados, em parceria com a Focus Inteligência Financeira, lançou a solução BPO Focus para facilitar a gestão financeira e acelerar o crescimento das empresas.

Prezando sempre pela relação de confiança construída ao longo dos anos com seus clientes, a DS Contadores Associados trouxe para o projeto BPO Focus a profissional Vanessa Franco e, também, a parceria e o profissionalismo da equipe da Focus Inteligência Financeira, liderada pelo expert em Finanças e Controladoria Marco Oliveira.

Planejamento sucessório familiar: proteção para o patrimônio

Organização minimiza possibilidade de riscos futuros, evita conflitos entre herdeiros e favorece a diminuição da carga tributária  

Quando o assunto é o amanhã, muitos podem pensar que o domínio sobre o que há de vir é utopia. Mas o visionário Peter Drucker, considerado pai da Administração Moderna, não concordou com essa premissa, ao contrário, defendeu que “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. De fato, para quem almeja assegurar os seus bens e dar continuidade ao seu legado com mais segurança e tranquilidade precisa se ocupar em planejar a sucessão com sua família.

Tido como uma alternativa que minimiza possibilidades de litígios entre os beneficiários (quando o proprietário/patriarca/matriarca vier a faltar) e uma alternativa menos desgastante de divisão dos bens, o planejamento familiar sucessório também é uma forma de evitar eventos e decisões indesejáveis. Por meio dele é possível estabelecer oficialmente uma série de regras que poderão minimizar conflitos entre os herdeiros, riscos e incertezas para o negócio ou patrimônio.

Pensar na própria morte pode não ser uma tarefa fácil, mas já que existe um mecanismo jurídico que garante a continuidade dos negócios, que preserva a vontade do líder da família e oferece segurança financeira para os sucessores, por que não usufruir dele? Além disso, o documento de sucessão simplifica e agiliza a liberação de recursos e ativos que, em um processo de inventário, poderia levar anos, especialmente em casos de conflito entre os favorecidos.

Com esse planejamento, aquele que detém os bens informa como gostaria que eles fossem partilhados em sua ausência e isso ocorre sem disputa ou interferência dos beneficiários”, esclarece Dr. Reginaldo Santana, sócio da DS Contadores Associados. No caso das empresas, também é possível definir quem será o herdeiro que ficará responsável por manter a administração. Outra vantagem deste trabalho prévio é a diminuição da carga tributária, afinal, o planejamento sucessório proporciona menor oneração fiscal se comparado a um processo comum de sucessão. 

Por onde começar?

O primeiro passo para a elaboração do planejamento sucessório familiar é a contratação de um advogado que buscará na legislação as melhores opções que atendam aos desejos do detentor do patrimônio. “Neste processo, é importante ter o acompanhamento de um contador, pois ele é o profissional que tem o conhecimento necessário para facilitar a operação e apresentar uma tributação mais inteligente”, observa Santana. 

Definidas as regras e as condições que deverão ser implementadas, a assessoria contábil realiza o trabalho de constituição da empresa, de apuração fiscal dos tributos e de atendimento das obrigações estabelecidas pelo Fisco. “É preciso pensar na forma de condução do negócio e, com certeza, a DS pode contribuir”, completa o contador. 

LGPD em vigor: o que é e como adaptar sua empresa à nova lei.

No dia 16 de agosto deste ano, entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados, também conhecida como LGPD. Desde o início das discussões e, especialmente após entrar em vigor, observamos um movimento massivo de empresas em busca de se adequarem à nova lei. Isso se explica por diversos motivos, entre eles, multas previstas de até 50 milhões de reais.

Você deve estar se perguntando: “mas será que preciso mesmo me preocupar?”, “Eu nem sequer mexo com dados”. Sim, precisa. Você pode até pensar que dados são coisas de empresas de tecnologia ou de marketing. Porém, o simples fato de ter colaboradores na sua empresa, implica em ter dados. Pense bem: carteira de trabalho, CPF e por aí vai. Por isso, não adianta fugir. Se você coleta, armazena, acessa, transfere, utiliza, arquiva ou realiza qualquer outro processo com dados pessoais de quem quer que seja, precisa buscar se adequar.

A LGPD nasceu com o propósito de criar direitos aos titulares dos dados, definir obrigações, bem como limites às empresas em relação a eles e impor penalidades ao descumprimento das normas por ela definidas.

Até hoje, não foram poucos os casos de empresas fazendo mau uso de dados pessoais. Por isso, a lei é de interesse de todos e tem um grande papel no momento histórico que vivemos. Em linhas gerais, ela define que o tratamento de dados terá de se encaixar em, pelo menos, uma das bases legais e um dos princípios. Veja abaixo quais são eles:

BASES LEGAIS

  • Consentimento;
  • Cumprimento de obrigação legal;
  • Execução de políticas públicas;
  • Estudo por órgão de pesquisa;
  • Execução de contrato / Diligências pré-contratuais;
  • Exercício regular de direitos;
  • Proteção à vida;
  • Tutela da saúde;
  • Interesses legítimos do controlador / terceiro;
  • Proteção ao crédito.

PRINCÍPIOS

  • Finalidade;
  • Adequação;
  • Necessidade;
  • Livre acesso;
  • Qualidade dos dados;
  • Transparência;
  • Segurança;
  • Prevenção;
  • Não discriminação;
  • Responsabilização e prestação de contas.

Mas, como adequar minha empresa à essa lei?

Antes de mais nada, é muito importante que você busque saber mais sobre o tema, de preferência com especialistas. A DS Contadores tem uma equipe de profissionais que pode te ajudar no entendimento da LGPD e te auxiliar no que pode vir a afetar as questões trabalhistas.

Comece fazendo um mapeamento dos dados pessoais que sua empresa tem em mãos hoje (colaboradores, clientes, terceiros, etc.), buscando encaixá-los em, pelo menos, uma base legal e em um dos princípios que vimos acima. Faça o mesmo revisando os procedimentos operacionais padrão da empresa, políticas de privacidade e regulamentos internos, contratos, entre outros. Além disso, busque capacitar setores-chave da empresa sobre a lei e designe um responsável por atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a autoridade nacional.

Seguindo esses passos, você acaba se poupando de boas “dores de cabeça” futuras e também de multas e penalidades indesejadas. Caso tenha ficado com alguma dúvida, fale com a equipe da DS Contadores e conte com todo o apoio de um time sempre atualizado para ajudar seus clientes na melhor tomada de decisão.

Reflexões sobre pandemia e gestão das clínicas médicas.

Estamos vivendo um ano diferente de tudo o que vivemos até hoje. A pandemia do Novo Coronavírus tem sido um desafio à parte para as empresas e, na área da saúde, não é diferente. Os desafios do cenário atual têm refletido em grandes mudanças tanto estruturais quanto de mentalidade para médicos e gestores de clínicas e hospitais em todo o Brasil.

Por um lado, no início da pandemia, cirurgias eletivas e muitas consultas foram canceladas devido ao distanciamento social e isolamento da quarentena. Isso teve um rápido impacto no faturamento das clínicas médicas. Por outro lado, médicos tiveram que se adaptar rapidamente para atender os pacientes de forma remota, já que as urgências de saúde continuaram normalmente, mesmo com grande parte das clínicas fechadas.  

No início do mês de abril, a reabertura das clínicas foi autorizada e diversas medidas foram tomadas, entre elas a obrigatoriedade do distanciamento e do uso de máscaras, a disponibilização de álcool em gel, adaptação da sala de espera, a diminuição dos atendimentos presenciais e a adoção da telemedicina, de acordo com a Lei 13.989, de 15 de abril de 2020, que permitiu a oferta de consultas realizadas remotamente durante a pandemia. Para isso, equipamentos foram adquiridos e as clínicas tiveram que ser melhor estruturadas para atender os pacientes virtualmente e com a melhor experiência possível.

A neuropediatra e sócia da Clínica N3, Dra. Daniela Godoy, conta a maneira que encontrou para lidar com a telemedicina em sua atuação:

A prática da telemedicina tem muitas limitações ainda, mas chegamos a atender um paciente em Macapá. Na Neuropediatria precisamos avaliar diversos aspectos e comportamentos da criança. Encontramos, neste caso, a solução de pedir à mãe para filmar a criança pela casa, no dia a dia, por exemplo, mostrando os comportamentos notados.”

Enquanto, por um lado, a telemedicina exigiu adaptações e agilidade por parte dos médicos e gestores das clínicas, por outro lado, acelerou o processo de transformação digital e ampliou a possibilidade de atender pacientes em diversas localidades do Brasil. Em meio aos desafios, novas oportunidades surgiram. Além disso, durante a pandemia, ficou evidente a necessidade de um bom planejamento financeiro para facilitar a tomada de decisão e trazer clareza em cenários incertos ou de crise. 

Na nossa formação em medicina, não aprendemos administração de empresas e o apoio de profissionais competentes para a gestão da clínica é essencial. Quando precisamos fechar a clínica devido a pandemia em abril, o sentimento foi de desespero e de dúvidas em relação à tomada de decisão. Nos preocupamos muito com o que poderia acontecer. A DS Contadores nos ajudou muito a reorganizar a parte financeira, planejar e agora tudo está sob controle.”, completa Dra. Daniela Godoy. 

Neste cenário de imprevisibilidade, as empresas necessitam de um planejamento financeiro minucioso e consistente para reorganização do fluxo de caixa e mapeamento de caminhos para a garantia do equilíbrio das contas no médio e longo prazo. O apoio de profissionais especializados em gestão contábil é essencial para o momento, inclusive para a orientação de adaptações do modelo de negócio ou, então, aconselhamento sobre linhas de crédito específicas e disponíveis para a categoria. O momento atual exige reflexão e é uma oportunidade para a inovação da gestão das clínicas médicas e hospitais. Deixe aqui seu comentário ou sua reflexão sobre o momento que passamos.

Reflexões sobre o impacto da pandemia do Covid-19 na gestão escolar.

Todos fomos pegos de surpresa com a pandemia do Coronavírus e os impactos econômicos e sociais são inúmeros. Um dos primeiros setores a sentir os efeitos do Covid-19 foi o da Educação. De repente, da noite para o dia, as escolas tiveram que mudar suas rotinas de aulas, repensar formatos e modelos e, desde então, gestores, educadores, famílias e alunos têm passado diariamente por novos desafios e aprendizados. A educação como um todo vêm sendo repensada e a chamada transformação digital nas escolas está acelerada desde meados de março.

As definições sobre o retorno às aulas ainda é incerto e, no curto prazo, as aulas remotas (online) têm sido a alternativa para continuidade do ano letivo. Parte deste aprendizado e da digitalização das escolas devem ser permanentes no pós-pandemia. Além disso, quando olhamos para o viés da gestão escolar e do planejamento financeiro, os desafios também são inúmeros.

A receita de grande parte das escolas foi afetada consideravelmente. Encargos e compromissos financeiros precisam continuar sendo cumpridos e, com isso, os gestores escolares estão enfrentando um dos maiores desafios dos últimos tempos.”, afirma o professor Alderi Ferraresi, presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Norte do Paraná (Sinepe/NPR).

A sobrevivência de muitas instituições de ensino, neste cenário de incertezas, depende ainda mais de um planejamento financeiro minucioso e consistente. A reorganização do fluxo de caixa e o apoio de profissionais especializados em gestão contábil é essencial para momento, inclusive para a orientação de percentuais corretos de desconto ou de uma previsibilidade de recuperação financeira no médio e longo prazo.

O momento tem sido doloroso, mas os aprendizados têm sido significativos e bons na mesma proporção. É um momento bastante desafiador, mas também de oportunidades. Devemos olhar para outros setores. Muitas empresas trabalham há anos com gestão de crises e planejamento em cenários incertos. Podemos buscar novas referências, repensar nossos modelos de negócio e trazer um novo olhar para a gestão escolar.

Alderi Ferraresi

De fato, aprendizados e métodos de gestão de outros setores, como os das empresas de tecnologia, que estão constantemente repensando formatos e até mesmo o negócio como um todo, podem ser trazidos para a gestão escolar. Mesmo assim, o primeiro passo deve ser a revisão de todo o planejamento financeiro, a reorganização do caixa e busca de alternativas para atingir um novo equilíbrio financeiro em 2021. As escolas já estão se reinventando, flexibilizando regras antigas e trazendo novos caminhos para a Educação e para a Gestão Escolar. Apesar do momento extremamente desafiador, as oportunidades para o setor parecem ser grandes também. 

A importância da cultura organizacional.

Quem não conhece a frase célebre de Peter Drucker e altamente difundida no mundo empresarial que “a cultura engole a estratégia no café da manhã”?  

Por muitos anos fui executiva de RH em diferentes empresas e observei nitidamente o equívoco de algumas ações planejadas, contrariando totalmente a cultura organizacional. No entanto, o que eu via com nitidez e repetia insistentemente “pessoal, isso é cultural”, muitas vezes não era entendida ou visualizada pelos meus colegas, o que me fazia refletir o quanto a obviedade disso não era observada, tampouco considerada.

Reuniões de planejamento estratégico intermináveis sobre transformação organizacional e empoderamento de lideranças iam por água abaixo no dia seguinte, quando voltávamos para a realidade do trabalho e nos deparávamos com uma rotina de comando e controle, micro gerenciamento e baixa autonomia. O que eu observava é que até existia uma necessidade e um desejo de mudança, mas a realidade, ou seja, a cultura, não permitia que tais anseios se transformassem em ação.

Mas afinal, o que é cultura? De uma maneira bem simples, cultura organizacional pode ser definida como um conjunto de crenças, comportamentos e valores que norteiam (ou devem nortear) as decisões das empresas. É o “jeitão” da empresa, é a forma como ela atua “da porta pra dentro”. É aquilo que percebemos, “cheiramos” e sentimos dentro da organização; é a forma como ela opera de fato.

De acordo com o livro O Novo Código da Cultura, do escritor Sandro Magaldi, que estará presente no evento DS CONNECT no dia 27 de agosto, a cultura organizacional é composta basicamente de 3 níveis:

  • Artefatos.
  • Normas e Valores.
  • Crenças e pressupostos básicos.

Quanto aos dois primeiros, não há nenhuma novidade. Os artefatos, segundo os autores, trata-se daquilo que é mais visível na empresa – sua estrutura física, os rituais de reuniões, o dress code, etc. Complementando, as normas e valores se referem às regras escritas e não escritas das organizações, fazendo com que os colaboradores saibam o que lhe é esperado e como entregar o seu melhor.

No entanto, o terceiro nível (crenças e pressupostos básicos) trata-se da camada mais profunda da cultura. Trata-se da essência da empresa, do seu coração e que nem sempre trazem elementos articulados de forma explícita. Trata-se daquilo em que a empresa acredita e que não abre mão, considerados muitas vezes como “tabus”, pois são elementos “imexíveis”. Para navegar aqui, é preciso ter entendimento do negócio, saber fazer a correta leitura de cenário e do contexto e confesso que nem sempre isso parece óbvio. Infelizmente é aqui nesta camada que o “walking the talk” pode dar uma falhada.

Mas o que Cultura Organizacional tem a ver com transformação? No meu entendimento, TUDO!

Atualmente as empresas foram convidadas, ou melhor, convocadas a se transformarem. Seja por uma necessidade de mercado, seja pela mudança de comportamento dos consumidores, seja pela chegada de um novo player, seja pela pandemia. É fato: a maior parte das organizações precisam se reinventar.

As novas ações e decisões serão os elementos determinantes para esta mudança cultural. Lógico que se faz necessário um plano minimamente estruturado para isso, mas se por exemplo,  a necessidade de uma empresa é se tornar mais digital, ela precisa contratar as melhores pessoas e recursos com estas competências (e deixá-las trabalhar); se preciso de uma liderança mais autônoma, preciso criar situações onde estes líderes possam assumir riscos e tomar decisões (sem medo); se preciso de uma empresa mais integrada, preciso redesenhar meus processos para que eu consiga desmobilizar feudos e desenvolver nas pessoas uma visão sistêmica e holística (mudar de fato).

Por último, lembre-se: a cultura de uma empresa é moldada sobretudo pelo comportamento de seus líderes. Se você mudar suas atitudes e seus comportamentos (alinhados aos valores e crenças da Organização) você será um agente desta mudança cultural. Caso contrário, você irá falhar e nada, infelizmente, mudará.

Texto colaboração de Simone Martins, psicóloga e consultora especializada em gestão de pessoas, processos e mudanças (www.plugrh.com.br).

Sócio Participante na modalidade Sociedade em Conta de Participação

Todas as movimentações de uma empresa, assim como seus dados, devem estar sempre transparentes e à disposição para consultas do Estado (mais usualmente da Receita Federal), com exceção das chamadas Sociedades em Contas de Participação, compostas por um sócio ostensivo e um sócio participante. O sócio participante desta modalidade específica de sociedade empresarial é caracterizado pelo anonimato no negócio.

O sócio participante investe na empresa, mas “nos bastidores”, e participa da divisão de lucros finais. No entanto, ele não se envolve na rotina empresarial e nos processos da companhia. Para isso, existe o sócio ostensivo, que é ativo e representa legalmente a empresa em todas as atividades administrativas e nos trâmites para desenvolvimento de suas ações no mercado. A modalidade de Sociedade em Conta de Participação tem todos os registros comuns e legalmente necessários para funcionar enquanto empresa, assim como as demais modalidades.

O sócio participante é mais comum em casos onde o empresário já possui diversos projetos em andamento (todos financiados e administrados pela sua empresa), mas decide, em determinado momento, investir em uma nova empreitada ou criar uma startup, por exemplo, dentro da companhia, mas não tem o capital para tal empreendimento. Nestes casos, contará com capital de terceiro e este poderá ser o sócio oculto.

O sócio participante não precisa estar inscrito sob pessoa jurídica e nem será responsável pela performance e andamento do novo empreendimento. Também não teria participação nos lucros dos outros projetos que já estavam em andamento na empresa.

A Sociedade em Conta de Participação é assegurada legalmente, mas, para evitar fraudes, é importante entender claramente a origem do capital investido pelo sócio participante. Para entender melhor os caminhos para continuar operando na legalidade e, acima de tudo, garantindo a viabilidade do empreendimento, é importante contar com profissionais competentes nas questões contábeis e que possam orientar corretamente o empresário na tomada de decisões.

O diálogo na gestão de marcas durante a pandemia do Covid-19.

Por todos os lados lemos e ouvimos o quanto estamos passando por um momento único na história. Todos fomos pegos de surpresa com a pandemia do Covid-19 e tivemos que mudar nossa rotina drasticamente em poucos dias. Gerenciar e posicionar uma marca neste contexto novo e incerto é um desafio para todas as empresas. Preocupados prioritariamente com o impacto no faturamento, a possível redução do quadro de funcionários e outros desafios trazidos pela crise atual, muitos gestores acabam deixando de lado e negligenciando a estratégia de comunicação e a gestão das marcas.

Marca é a soma das diferentes percepções que as pessoas têm em relação a uma empresa, seus produtos e serviços. É a imagem construída ao longo dos anos em relação ao que a empresa diz sobre ela mesma e sobre suas atitudes e entregas. Ela é o ativo intangível mais valioso de uma organização. É o próprio negócio. O propósito de uma marca determina o modo como a empresa se relaciona com seus públicos e toma suas decisões.

O acúmulo da reputação (positiva ou negativa) de uma marca é crucial em momentos de crise. Lembrando que a boa reputação é resultado da coerência entre discurso e prática pautada na transparência e no relacionamento com os diversos públicos de uma empresa. E, nessa lógica, as marcas precisam manter a coerência com seu propósito antes, durante e depois de uma crise.

Empresas com boa reputação de marca têm, mais facilmente, uma segunda chance do consumidor e de seus públicos em caso de erros ou deslizes na tomada de decisões. Preocupação com ajustes de rotas e a boa vontade das organizações diante da situação atual serão bem vistos no curto e no longo prazo. De qualquer forma, sabemos que não existe um guia de sobrevivência para as marcas na pandemia do Covid-19. Tudo é muito novo e os gestores passarão muitos erros e acertos. No caso da gestão de marcas, o melhor caminho é o diálogo e a aproximação com os públicos impactados pela empresa. É hora de estar junto.

Retomando um pouco a evolução do marketing, sabemos que o consumidor já não decide sua compra baseado apenas em preço, qualidade e acessibilidade. Já não é mais suficiente explorar apenas o valor agregado e as vantagens dos produtos e serviços para o consumidor. É preciso olhar todos os públicos e os impactos ambientais e sociais causados pela empresa. Hoje as pessoas estão mais críticas, dispostas a contestar as atitudes das marcas e a preferirem empresas que defendem causas.

Em 2018, segundo uma pesquisa do Fórum de Marketing Relacionado à Causa (Ipsos, Cause, ESPM e Instituto Ayrton Senna), 77% dos consumidores esperavam que as empresas contribuíssem mais para a sociedade. Cerca de 82% dos entrevistados já se declaravam favoráveis a empresas que contribuem para uma causa. Em períodos como o que estamos vivendo, a cobrança por um posicionamento e atitudes socialmente responsáveis das marcas é intensificada. Assim como, o olhar crítico para a coerência entre discurso e prática. O assunto Covid-19 e a crise atual torna-se ainda mais delicado para marcas que nunca deram atenção para ações sociais e afins. Mesmo assim, este é o momento de começar a agir e dialogar.

As marcas precisam manter o relacionamento com seus públicos aquecido. O momento é propício para ouvir as pessoas. Atitudes tomadas agora serão reverberadas por muito tempo trazendo reflexo, inclusive, na hora do consumidor tomar a decisão de compra lá na frente. Um bom trabalho de comunicação é crucial para manter a empresa viva na mente das pessoas e para posicionar corretamente as marcas. A empresa que dialogar hoje, se conectará mais facilmente com seus públicos no futuro.

É preciso tomar alguns cuidados.

A prudência na abordagem e na definição do objetivo da comunicação é essencial. O consumidor entende que as empresas precisam sobreviver e manter o emprego de seus funcionários. A economia precisa continuar girando. No entanto, agora não é o momento de estimular a venda dos produtos de maneira agressiva. Não dá para fazer uma comunicação apenas focada em conversão de vendas neste momento.

As ações sociais não devem ser confundidas com ações de marketing. É preciso parcimônia e cuidado nesta comunicação. A divulgação das ações sociais praticadas durante a pandemia deve ter o intuito de estimular outras marcas a fazerem o mesmo. Além disso, é importante a coerência entre a causa abraçada e o propósito da marca. Este é um momento para agir coletivamente, cocriar e atuar em rede. Um bom exemplo é a ação feita em parceria da Avon com a Natura para ajudar mulheres vítimas de violência doméstica durante a pandemia do Covid-19.

Outro ponto fundamental é de que a estratégia de comunicação deve começar com o público interno. O diálogo deve ser iniciado primeiramente com os funcionários das empresas, que precisam sentir-se seguros e acolhidos. Líderes precisam estar próximos de sua equipe e a preocupação com o bem-estar de todos é primordial, tanto na fala quanto nas ações promovidas pela empresa.

Uma outra preocupação é em relação ao posicionamento pós pandemia. Não vai dar para agir como se tudo tivesse voltado ao normal de uma hora para a outra. A recuperação de uma crise é lenta. Além do mais, teremos uma evolução e não uma volta a rotina e as práticas de antes da pandemia. As marcas devem, mais do que nunca, investir em estratégias de conteúdo, relações públicas e na humanização das ações.

É preciso ficar atento às mudanças já trazidas pela crise atual. Conceitos como o consumo consciente e a economia colaborativa estão sendo acelerados. Os problemas sociais estão mais expostos e, como já colocado, a preocupação com as causas apoiadas pelas empresas serão ainda maiores. No mundo pós pandemia — a brave new world, o consumidor passará a escolher novas marcas. Neste sentido, as marcas precisam de uma vez por todas agir com transparência, estarem ao lado de todos que são impactados de alguma maneira por elas e terem coerência entre discurso e prática. Está na hora das empresas passarem a se enxergar como comunidade.

O planejamento fiscal pode reduzir tributos e ampliar a lucratividade dentro da legalidade.

É comum, principalmente em pequenas e médias empresas, os gestores serem aconselhados de forma errada a escolherem uma parte da receita a ser contabilizada, buscando, dessa forma, evitar tributações excessivas. Muitos caem nessa armadilha. Uma empresa para ser viável precisa operar dentro da legalidade, pagando os tributos existentes e funcionando, assim, de forma saudável. A lucratividade e o crescimento de uma empresa dependem de diversos fatores externos e internos aliados a uma boa gestão. Deixar de pagar tributos não é o caminho.

Na constituição de uma empresa, o empreendedor já precisa prever todos os custos e incluir na conta os tributos existentes. Assim, o planejamento estratégico deve ser elaborado pelos gestores com o objetivo de garantir um fluxo de caixa saudável e um faturamento que cubra todos os custos e tributos legais.

É fundamental que o empresário busque o aconselhamento de profissionais capacitados e que conheçam a legislação e as normas, as diferentes possibilidades de tributação e que consigam realizar um planejamento fiscal adequado ao contexto de cada empresa. A avaliação do responsável pela gestão contábil e tributária precisa ser sistemática e não isolada, ajudando o empresário a escolher o sistema que melhor se encaixa a sua realidade e dentro da legalidade.

Ao realizar a gestão de uma empresa, o empresário precisa trabalhar para alcançar a viabilidade dentro da legalidade. Operar da forma correta e com inteligência fiscal e tributária contribui para que as empresas sejam financeiramente saudáveis, tornando-se mais lucrativas e evitando a construção de um passivo oculto que, em algum momento, pode vir à tona.”, aconselha Dr. Reginaldo Santana, especialista no assunto e sócio da DS Contadores Associados.

O planejamento correto e a escolha do regime tributário adequado para cada caso deve ter o objetivo de evitar a evasão fiscal, ou seja, a sonegação que é o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento de taxas, impostos e contribuições. O planejamento fiscal correto e feito por profissionais qualificados garante a elisão fiscal. Em outras palavras, a adequação da empresa ao formato mais vantajoso de pagamento de impostos, sem que para isso cometa qualquer ilegalidade.

Na apuração de informações para a declaração de Imposto de Renda, por exemplo, o empresário pode optar por dois métodos diferentes. O Imposto Simplificado, que é a uma opção para quem não tem muitas despesas para deduzir e, nesse caso, consegue um abatimento padrão de 20% sobre a soma de todos os rendimentos tributáveis recebidos ao longo do ano anterior, ou então, seguir com a declaração tradicional. Ambos os caminhos são legais e, em parceria com o contador, o empresário consegue escolher a opção que resultará em um imposto menor. Não é preciso omitir informações ou forjar pagamentos que não existem. A ilegalidade não é uma opção e demonstra que a operação da empresa é inviável.

A DS Contadores Associados investe na formação e preparação de sua equipe para atender os clientes com competência, ética e transparência. Assim, os colaboradores da DS atuam com segurança e conhecimento técnico qualificado para elaborar um planejamento tributário adequado a cada caso e que contribua para o crescimento saudável das empresas.