Formação de preços para instituições de ensino

Gestores devem considerar diferentes fatores, como custos e investimentos, e elaborar um planejamento financeiro estratégico 

Nesta época do ano, as instituições particulares de ensino passam pelo desafio de definir as mensalidades para o próximo exercício letivo. A tarefa não é simples e exige muita atenção no cálculo para que o resultado não espante os alunos ou prejudique as finanças da escola. Para acertar o raciocínio, é necessário colocar o orçamento na ponta do lápis e fazer um bom planejamento financeiro. 

Equilibrar os gastos e as entradas é a chave para não oferecer serviços a preços muito abaixo do mercado e nem muito acima, e para desenvolver um pensamento estratégico, especialmente neste período difícil de pandemia de Covid-19, que prejudicou a saúde financeira de muitas pessoas e empresas. 

O diretor contábil Márcio Dorigon, da DS Contadores Associados – que atende diversas escolas particulares de Londrina e região e auxilia os gestores no processo de precificação -, observa que o segmento da Educação foi um dos mais afetados no último um ano e meio, pois a perda de renda de muitas famílias fez com que elas transferissem seus filhos para escolas públicas ou pleiteassem descontos. “Isso afetou drasticamente o setor educacional e causou uma insegurança por parte das escolas no que diz respeito às mensalidades/anuidade para 2022”, relata.

A orientação do contador às instituições de ensino que pretendem se estabelecer e/ou crescer neste nicho altamente competitivo é que avaliem seus custos fixos e variáveis e, principalmente, definam uma estratégia de manutenção ou de inovação perante o seu público e mercado de atuação. Devem ser estabelecidos os fundamentos para uma boa formação de preço prevendo a estrutura operacional e a necessidade eventual de investimentos em materiais didáticos, na infraestrutura, no corpo docente e no quadro de colaboradores. 

A partir do momento que o gestor entende seus custos e define sua estratégia de atuação, também pode observar seus concorrentes para identificar quais são suas estratégias e preços para melhor definir os caminhos a serem seguidos e, então, apresentar seu preço aos clientes. 

Nesse contexto, a planilha de formação de preço é indispensável, pois, com ela, o gestor educacional consegue planejar de forma consistente o seu próximo ano educacional atendendo questões pedagógicas, acadêmicas, de manutenção, de ampliação e de investimento. “Se não tomar esse cuidado, a tendência é que haja uma dificuldade maior para manter a instituição”, alerta. 

Tendo em vista a alta da inflação, o aumento nos índices de energia elétrica, por exemplo, e a tendência de acréscimo nas contas administradas pelo Governo, há uma previsão de reajuste entre 9% e 12% nos valores das anuidades educacionais, de acordo com Dorigon. “Esse acréscimo é inevitável para que a escola possa fazer uma boa prestação de serviços”, considera.

5 dicas ESSENCIAIS para engajar seu time

Uma grande dificuldade dos gestores é manter uma equipe motivada e engajada o tempo todo, mas saiba que pequenas atitudes podem facilitar o caminho até lá. No blogpost de hoje da DS, confira as 5 dicas que preparamos para te ajudar a engajar o seu time:

1) Desenvolva os relacionamentos
Tenha uma boa relação com as pessoas e conquiste o respeito dos colegas de trabalho. Saber equilibrar momentos descontraídos com a rotina da equipe é a peça chave aqui.

2) Seja transparente em relação às expectativas
Sempre deixe claro o que se espera de cada pessoa que trabalha com você. Uma boa maneira de medir isso é verificar se elas sabem facilmente descrever as atividades críticas de suas funções

3) Envolva as pessoas nas decisões
Por mais que seja o líder quem possui a decisão final, envolver a equipe nas tomadas de decisões fará com que todos se sintam parte dos sucessos e fracassos, empenhando-se a fazer sempre melhor.

4) Dê autonomia
Às vezes, as pessoas precisam de liberdade para fazer acontecer. Você não precisa dar um aval para cada passo que alguém dá. Além de ser um voto de confiança, os colaboradores se sentirão mais motivados a tomar iniciativa e assumir responsabilidades.

5) Incentive o desenvolvimento de cada um
Quando alguém se sente parte de um grupo, se sente confortável com o dia-a-dia da empresa, sabe que está aprendendo e vê um desenvolvimento no seu trabalho, dificilmente vai querer deixar o posto que a proporciona tudo isso.

Com as dicas colocadas em prática e somadas à constância e coerência – pontos extremamente importantes – você sem dúvidas terá andado boa parte do caminho para ter pessoas engajadas em seu time.

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Habilidades extracurriculares indispensáveis na contratação

Existem habilidades que não estão no currículo, mas que são fundamentais para encontrar o perfil ideal para a sua vaga. Conheça-as:

1) AUTODESENVOLVIMENTO
Busque um profissional que reconheça seus pontos fracos (habilidades a melhorar) e seja capaz de potencializar seus pontos fortes.

2) ADAPTABILIDADE
Ter conhecimento técnico para executar as tarefas não é tudo. É de extrema importância que o profissional tenha capacidade de se adaptar ao ambiente de trabalho e que desenvolva boas relações pessoais.

3) DESAFIOS
Se o profissional só relata sucessos, ligue o alerta! São nos momentos delicados que identificamos as habilidades para conseguir contorná-los. Por isso, é bom contar com alguém que saiba enfrentar momentos desafiadores.

4) EMPREENDEDORISMO
É importante saber encarar erros e desafios com tranquilidade. Busque um profissional criativo, que pense além da rotina (fora da caixa) e com visão empreendedora: que saiba focar na solução e não nos problemas.

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Perdeu o Painel Online DS Connect?

Atendendo os pedidos dos clientes e parceiros da DS Contadores, o tema do próximo PAINEL DS CONNECT será INOVAÇÃO. Para o debate, estamos trazendo especialistas no assunto para abordar itens como:

  • A inovação não é um bicho de sete cabeças. Precisamos desmistificá-la!
  • Inovar não é mais opção. É preciso criar uma cultura de inovação.
  • Como mapear as dores da sua empresa e por onde começar a inovação.
  • Londrina como polo de tecnologia e inovação no Brasil.
  • AtendeDoc Telesaúde: o case de uma startup londrinense de telemedicina.
  • A digitalização na educação e as mudanças trazidas pela pandemia.

A inovação em Londrina na área da Saúde

Os segmentos que mais se destacam no município são os de Saúde, Agronegócio e Tecnologia da Informática e Comunicação

A inovação em Londrina será uma das temáticas abordadas no PAINEL DS CONNECT “Inovar é preciso: caminhos para ‘virar a chave’ na sua empresa e criar uma cultura de inovação”, programado para a próxima terça-feira (22). A discussão acerca do assunto é fundamental, visto que Londrina é um dos ecossistemas de inovação mais maduros do Paraná, a segunda cidade com maior número de startups (180). Ela fica atrás apenas de Curitiba, que soma 422 startups, conforme mapeamento realizado pelo Sebrae/PR em novembro de 2020 e divulgado no início deste ano.

“Sem dúvida nenhuma, Londrina é uma das principais cidades no Brasil do ponto de vista de inovação. Sistematicamente ela tem aparecido entre as 15 mais inovadoras nos diversos rankings que monitoram esses quesitos no País”, afirma Cristiano Teodoro Russo, empreendedor, professor e head de inovação na aceleradora Hotmilk/PUCPR Londrina. As verticais que mais se destacam no município são as de Saúde, Agronegócio e Tecnologia da Informática e Comunicação. 

A cadeia local do agronegócio, segundo o professor, é “muito poderosa”. “Daqui saiu, por exemplo, o primeiro leilão internacional de café em blockchain [um processo semelhante ao de criptomoedas] do Brasil, por meio de uma startup que dispõe dessa tecnologia”, comenta. No entanto, outros setores também vêm se desenvolvendo muito rapidamente do ponto de vista de tecnologia e inovação e conquistando espaço, como a Indústria Metalmecânica, a Construção Civil, o Direito e o Turismo (que tem buscado constantes inovações, de forma especial neste período de pandemia). 

Inovação em Saúde

Historicamente, Londrina sempre foi relevante na área da Saúde; na cidade foi feito o primeiro transplante renal do Paraná e, hoje, ela é referência nesse tipo de procedimento. Além disso, também dispõe do primeiro centro implantado de cirurgia robótica do Sul do País, o que, segundo o professor, é um ativo muito importante para a cidade, pois a posiciona ao lado dos grandes centros que oferecem esse tipo de serviço, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis.  

Londrina conta com startups que atuam em várias áreas na cadeia de Saúde (como produção de freezer para armazenamento das vacinas, porcelanato para odontologia e cosméticos) e, além de ganharem relevância por desenvolverem tecnologias, impulsionam a cadeia do setor. Por meio de programas e da governança em Saúde, que é o grupo Salus – Saúde Londrina União Setorial (projeto da sociedade civil organizada em parceria com o Sebrae), há um impulsionamento no setor no que se refere à inovação.

A cidade é conhecida, inclusive, por ser pioneira em algumas iniciativas: foi a primeira do Brasil, por exemplo, a realizar um hackaton (encontro de programação que movimenta a área de tecnologia para criar soluções inovadoras) focado em Saúde dentro de um hospital. “Essas iniciativas posicionaram o ecossistema de tecnologia em Saúde de Londrina em destaque”, frisa Teodoro. Atualmente, Saúde é a terceira vertical que mais contribui para a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município e, segundo o professor, gera 16 mil empregos na cidade. “Sem dúvida, é um segmento muito importante”, ratifica.

O ecossistema de Saúde em Londrina se organizou e hoje há um polo muito forte e expoente, com alguns projetos ainda a serem desenvolvidos e pleiteados junto ao governo federal para uma estrutura mais robusta para tecnologia na área. “O cenário é muito positivo e o objetivo é continuar trazendo soluções inovadoras que possam atender a população de uma maneira sempre melhor”, afirma o professor. 

Ele considera que toda a inovação obtida só foi possível pelo trabalho que começou há 15 anos com o Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação. “Todas essas áreas só evoluíram porque a governança de Tecnologia da Informação e Comunicação cresceu bastante, melhorou os serviços, os postos de emprego e atraiu novos empregos”, observa. Ele complementa, inclusive, que hoje uma das maiores empresas de tecnologia do mundo está instalada em Londrina. “Isso tudo contribui para o ecossistema da cidade”, analisa. 

AtendeDoc

Os londrinenses estão prestes a usufruir de mais um produto inovador, o sistema de telemedicina AtendeDoc, que está com previsão de lançamento para julho. O aplicativo vem para contribuir e dar acessibilidade à Medicina. O professor Cristiano, que é um dos idealizadores do sistema, explica que por meio dessa tecnologia as pessoas poderão ter um médico “na palma da mão”, no aparelho celular, a partir de um dispositivo seguro, com profissionais qualificados na plataforma e serviço de qualidade. 

“O objetivo é que o nosso sistema possa atender de forma satisfatória os dois lados, dando segurança tanto para o médico quanto para o paciente, e que garanta o sigilo de toda informação que trafegar nele”, comenta. O segundo passo do projeto é oferecer um telessaúde com profissionais cujo exercício permita o atendimento remoto, como psicólogos e nutricionistas. 

Sobre o palestrante

Cristiano Teodoro Russo é ex-presidente e membro do grupo Salus – governança de Saúde de Londrina e região; membro do APL de TIC de Londrina e região, da Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS), da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Município de Londrina. Ele também é idealizador e apresentador do Programa Move, dedicado ao universo das startups. 

PAINEL ONLINE DS CONNECT

Para mais informações sobre o PAINEL ONLINE DS CONNECT do dia 22 de junho sobre INOVAÇÃO CLIQUE AQUI. A inscrição é gratuita e as vagas são limitadas.

Desmistificando a inovação nas empresas

A empresa que inova ganha vantagem competitiva, fica mais próxima daqueles que consomem seus produtos e serviços e colabora para a criação de um mundo melhor

O contexto atual é de constantes transformações e, no mundo dos negócios, quem não inova acaba ficando para trás. Mas, como construir uma cultura de inovação corporativa? Por onde  começar? O tema, de muita relevância para o momento, será tratado de maneira aprofundada no Painel Online DS CONNECT “Inovar é preciso: caminhos para ‘virar a chave’ na sua empresa e criar uma cultura de inovação”, que será realizado no dia 22 de junho, a partir das 20 horas, no canal DS CONNECT no Youtube.

Tiago Cunha, mestre em administração, professor universitário e consultor do Sebrae/PR, um dos participantes do evento, explica que, antes de qualquer coisa, é importante observar os benefícios que a inovação traz à empresa em vários aspectos, como desenvolvimento de pessoas, transformação tecnológica e processo produtivo. “A organização precisa estabelecer critérios reconhecendo que há uma mentalidade, uma filosofia de inovação e, a partir disso, começar a trabalhar no processo de identificação de necessidades para inovar”, explica.

Segundo ele, não existe um passo a passo para a criação de uma cultura de inovação, o que precisa ser criado para essa finalidade é um ambiente, que vai variar de acordo com os objetivos da organização, com as pessoas e os valores que elas têm, com os propósitos da empresa. É necessário criar uma filosofia com alinhamento de propósito e de expectativas entre todos os envolvidos da empresa. 

A corporação deve criar um ambiente que seja propício à exploração de novas oportunidades para seus colaboradores ou clientes. Além disso, precisa ter uma equipe muito bem formada e estabelecida, que seja orientada ao aprendizado de colaboração e de cooperação. A empresa precisa estar aberta a possíveis erros e aos experimentos que são necessários para se criar um processo inovador.

Feito isso, o primeiro passo é focar no cliente e identificar quais são suas necessidades e problemas e, então, trabalhar em busca de alinhamento, estrutura e ações que façam, de fato, a inovação acontecer. Existem algumas ferramentas que auxiliam no mapeamento e na criação de soluções de problemas, como a metodologia Design Thinking, por exemplo. 

Um ponto importante é estimular as equipes de forma que elas se dediquem aos projetos de inovação. Elas devem ser autônomas, ter liberdade, além de uma série de condições e suportes para que possam desenvolver da melhor forma possível o processo criativo. A empresa deve oferecer apoio e, por isso, a liderança tem de estar realmente envolvida com o processo de inovação e desenvolver um papel extremamente facilitador, ajudando a direcionar o time para usar de fato a criatividade. O colaborador deve ser incentivado a compartilhar suas novas ideias, sendo assim, cabe aos gestores propiciarem ambientes de incentivo à participação e ao trabalho em equipe.  Dessa forma, ajudando para que o potencial das pessoas possa vir à tona e beneficiando os resultados da empresa. 

Em um segundo momento, a empresa precisa fazer uma mentoria com as equipes, ou seja, prepará-las e direcioná-las a abrir a mente para o novo, a pensar de forma diferente. “É importante que a equipe possa conviver com experiências diferentes daquelas que vivem no dia a dia para que seja realmente capaz de inovar”, pontua Cunha.

O acesso é outro aspecto importante que a empresa precisa propiciar às pessoas envolvidas nas transformações para estabelecer a cultura de inovação. Elas precisam ter acesso ao cliente, conversar com ele, entender o que está buscando, fazer parte do dia a dia do cliente. Também é de extrema relevância o acesso a recursos, que podem ser financeiros, intelectuais, físicos ou estruturais. 

Estabelecer um processo de direção efetivo faz parte deste novo contexto de inovação. Neste quesito, se faz necessário compartilhar a estratégia da empresa, de forma clara, concisa e coerente com aquilo que ela está passando com a filosofia de inovação estabelecida no início. “Os gestores precisam orientar as equipes para fazer com que os esforços para inovação sejam focados naquilo que realmente importa”, orienta o consultor do Sebrae, completando que cabe à empresa criar indicadores para poder analisar se o que está sendo criado dentro do mecanismo está impactando ou não, e se essa cultura de inovação está bem implantada no processo como um todo.

A importância da inovação 

Além de contribuir muito com o desenvolvimento da sociedade em geral, empresas abertas à inovação têm maior impacto na vida das pessoas, pois quando cria produtos e serviços que realmente atendem às necessidades dos clientes, passa a fazer parte de suas vidas. A inovação pode aproximar as empresas das pessoas, principalmente no que se diz respeito à resolução de problemas que aquele grupo de consumidores ou de indivíduos possuem. “Negócios com propósito claros são transformadores e têm uma vantagem competitiva muito maior. A inovação traz novas possibilidades de fazer um mundo realmente melhor”, acrescenta.

PAINEL ONLINE DS CONNECT

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O valor do feedback para a empresa e para o profissional

Especialista dá dicas de como aplicar a ferramenta na gestão de pessoas

No ambiente empresarial, a comunicação eficaz pode transformar ou reforçar a atitude dos colaboradores. O feedback se apresenta como uma ferramenta importante para facilitar esse processo entre gestores e suas equipes. No entanto, embora ele seja bastante utilizado no mundo coorporativo, ainda há um certo tabu que precisa ser quebrado acerca da sua importância e real significado. O segredo para desmistificar a ideia de que se trata de uma crítica está na forma que ele conduzido no dia a dia. Conforme observa o influente pesquisador estadunidense da área de Marketing e Comunicação, Philip Kotler, o sucesso de uma boa comunicação depende de como a mensagem e o conteúdo são expressos.

O termo feedback, oriundo do Inglês, significa realimentar ou dar resposta a uma determinada solicitação ou acontecimento. Em um contexto organizacional, ele é utilizado para alinhar expectativas e objetivos, estimular a produtividade, motivar o time e aprimorar a atuação dos líderes. É uma ferramenta que possibilita o aperfeiçoamento do desempenho pessoal e, consequentemente, contribui para o sucesso do negócio. Portanto, o feedback pode ser um grande aliado da empresa.

Mas quando ele deve ser dado? De acordo com Jessica Pelegio, gerente de programas e especialista em feedback, o compartilhamento de percepções deve ocorrer em duas situações: quando há intenção de dar continuidade a um determinado comportamento (feedback positivo) ou quando é preciso cessá-lo (feedback construtivo). “Sempre é necessário focar na ação e no impacto que ela tem. Por exemplo, se a pessoa entregou um trabalho atrasado, é importante mostrar o que isso causou de negativo [no time ou com o cliente], tentar entender o que motivou o atraso e encontrar meios para evitar que ele ocorra novamente”, explica, completando que o feedback deve ser corretivo e não punitivo. 

Manter uma cultura de feedback é um caminho para auxiliar o colaborador a identificar onde está indo bem e o que precisa melhorar em seu desempenho. “Quando ele é bem dado, motiva a pessoa, pois ela sabe como está a sua performance profissional”, afirma a especialista. Os gestores também precisam estar abertos ao feedback de seus liderados e, inclusive, devem pedir que eles o façam. Desta forma, a convivência com a liderança se torna mais transparente e sem ruídos na relação entre ambos, o que aumenta a segurança psicológica do time e, consequentemente, a capacidade das pessoas tomarem riscos porque sabem que serão apoiadas pela própria equipe e gestão.

Para que o feedback seja encarado como algo normal, é essencial que seja dado com frequência. Quando é positivo, pode ser feito informalmente, até mesmo por mensagem de texto ou chat da empresa. “É comum que as pessoas o confundam com elogio, mas na verdade não se trata disso, é sobre atestar que algo deu certo e precisa continuar acontecendo”, comenta Jessica. No caso do feedback construtivo, a orientação é para que ele seja dado em uma reunião breve, porque normalmente demanda mais diálogo, em um local mais privado, inclusive para evitar que a pessoa se sinta acuada pela exposição diante de outros colaboradores.

A prática do compartilhamento de percepções exige muita sensibilidade, pois não é algo impessoal. Portanto, é necessário aplicar a ferramenta de maneira correta para que ela contribua para os bons resultados, como motivação, retenção de talentos, incentivo à produtividade e correção de problemas.

Como dar feedback:

– Prepare-se para a conversa. Quando e onde você vai dar o feedback.

– Saiba qual atitude quer corrigir ou reforçar.

– Identifique o impacto da ação e quando a mesma aconteceu.

– Seja honesto, porém, impessoal. Faça perguntas e esteja aberto à possibilidade de que você não tem todos os detalhes.

– Dê o feedback o quanto antes (não deixe passar mais de duas semanas do ocorrido).

– Combine o que ambos vão fazer para que a ação não ocorra ou continue.

A importância de um processo de recrutamento eficiente

Quanto mais precisa a empresa for, menores serão as chances de errar ou perder tempo na seleção; agilidade e plataformas digitais são indispensáveis 

O mercado de trabalho passou por significativas mudanças nos últimos anos, e continua em constante transição. As jornadas de trabalho se tornaram mais flexíveis, hoje em dia há maior abertura para compartilhar ideias no ambiente empresarial e a liderança adotou nova postura. Além disso, as organizações passaram a contar com a tecnologia de forma mais intensa, e aí está a mudança que tem transformado de forma direta os recrutamentos, afinal, em um mundo mais digital, o que tem impactado as seleções é a agilidade e as plataformas digitais que se tornaram indispensáveis para a condução desses processos. 

A psicóloga Simone Martins, fundadora e consultora da Plug RH, observa que o esperado é que boa parte da jornada dos processos seletivos seja feita em um ambiente digital, “e isso é uma necessidade nas empresas”. Atualmente, existem várias plataformas digitais que dão agilidade ao processo seletivo, tanto para quem os realiza (pessoal de RH) quanto para os candidatos que fazem provas e testes comportamentais de forma virtual, por meio de vídeos gravados e entrevistas remotas. Hoje é comum, inclusive, candidatos participarem de entrevista com robô, primeiramente, e em outra etapa serem entrevistados presencialmente ou de forma on-line. “O mundo digital trouxe a possibilidade de agilizar os processos seletivos por meio dessas ferramentas; e os investimentos não são altos, cabem em qualquer bolso”, comenta. 

Os perfis comportamentais também ganharam um lugar de destaque nessa realidade mais ágil, pois as pessoas passaram a ser lideradas de maneira mais autônoma, mais independente. Somado a isso, os novos profissionais de hoje buscam oportunidades que estejam alinhadas com o propósito e com a crença da empresa. 

Para auxiliar as empresas nessa jornada de recrutamento, Simone destaca cinco pontos fundamentais para o sucesso na contratação.

1 – O primeiro passo é saber o porquê da contratação

A falta de clareza das empresas já na abertura das vagas é um dos maiores erros no processo seletivo. Antes de qualquer coisa, é necessário avaliar: Eu preciso mesmo desta posição? Eu necessito mesmo desta contratação? Se a reposta for “sim” (e muitas vezes não é), o primeiro passo é fazer a descrição detalhada do cargo, que deve contemplar: principais responsabilidades da função, desafios, missão, objetivos de curto e longo prazos, conhecimentos técnicos e comportamentais desejados. Também é necessário identificar a quem esta posição se reporta e quais serão os indicadores de desempenho desta função. Quanto mais precisa a empresa for nessa etapa, menores serão as chances de errar ou perder tempo com o processo de recrutamento.

2 – Enfatize nas softs skills

As softs skills são competências comportamentais de igual ou maior importância que as hard skills (competências técnicas) para o sucesso de um processo seletivo. Contudo, um erro recorrente nas organizações no momento do processo seletivo é a priorização das competências técnicas (formação, especializações etc.) em detrimento das comportamentais (liderança, resiliência, relacionamento interpessoal).

Historicamente e de maneira recorrente, pessoas saem da empresa pelos atributos comportamentais e não técnicos, ou seja, por falta de análise do perfil comportamental com aquela cultura organizacional. Sendo assim, no momento do processo seletivo é de fundamental importância encontrar as respostas que melhor respondam a esta questão: Quais são as competências comportamentais necessárias? Comunicação, liderança, relacionamento interpessoal, trabalhar sob pressão – são alguns exemplos. A empresa precisa deixar claro seus valores e propósito, tentando conectar aos valores e propósito do candidato. É uma forma de aumentar a assertividade nos processos seletivos.

3 – Traga agilidade ao processo seletivo

Atualmente existem diversas plataformas digitais que, por meio de inteligência artificial, facilitam todo o processo de seleção, desde a divulgação da vaga, testes on-line, até entrevistas iniciais feitas pessoalmente ou a distância. Geralmente, são investimentos de baixo valor financeiro que se aplicam a empresas de todos os segmentos e tamanhos. Portanto, trazer a tecnologia para este processo não só facilita toda a jornada, aumentando a produtividade do time de RH como também potencializa na marca da empresa uma imagem de disruptura e inovação. 

4 – A importância de uma boa entrevista

O momento da entrevista é uma das etapas mais importantes do processo seletivo, afinal, é nessa fase do processo que candidato e empresa ficam frente a frente para fazerem as devidas avaliações (tanto da empresa quanto do candidato) para a vaga que está sendo oferecida. É de fundamental importância que o responsável pela empresa deixe o ambiente agradável para que o candidato se sinta à vontade, pois é muito comum um excesso de expectativa por parte dele nesta interação. À organização cabe ainda criar uma entrevista estruturada, com perguntas estratégicas e relevantes. 

5 – A primeira impressão é a que fica

Fazer um processo seletivo bem estruturado só traz benefícios para a empresa. Além de ser uma forma de dar boas-vindas ao novo contratado, antes mesmo de sua chegada, é uma oportunidade de interagir com novos públicos que, dependendo desta experiência, poderão se tornar consumidores de sua marca, produto ou serviço. Sendo assim, é de suma relevância que todos os processos sejam feitos de forma adequada, estruturada, simples e ágil a fim de que esta experiência profissional seja a mais positiva possível.

Foco no comportamental

Simone Martins reforça que o maior erro das empresas é não apostar nas softs skills. Segundo observa, em boa parte das organizações, a avaliação técnica ainda é mais relevante que a avaliação comportamental. Dessa forma, as pessoas acabam sendo admitidas pela técnica e demitidas pelo comportamental por não se adaptarem à cultura, aos valores e às crenças da organização, por não estarem conectadas com o propósito da empresa. Nesse sentido, ela orienta as organizações a focarem nas softs skills logo no começo do processo. “Ouso dizer que no mundo ideal seria melhor a gente avaliar primeiro o comportamental e depois a técnica, mesmo porque a técnica é possível aprender”, completa.  

Programas de medicina do trabalho: requisito legal e proteção em processos trabalhistas

Empregador tem obrigação de implementar ações que garantam a saúde e o bem-estar dos funcionários; descumprimento pode resultar em penalidades

A partir do momento que uma empresa é aberta e faz contratações, passa a ter obrigações legais que não podem ser desprezadas e, dentre elas, está a implementação de programas de medicina do trabalho que beneficiam tanto o empregado quanto o empregador. Se por um lado o funcionário conta com um ambiente seguro que lhe proporciona saúde e bem-estar, por outro, o empresário fica amparado legalmente e diminui consideravelmente as chances de surpresas com a fiscalização ou mesmo com ações trabalhistas.

O cuidado com a saúde, segurança e bem-estar dos funcionários precisa ser uma preocupação constante da empresa e esses são meios eficazes de amparar ambos os lados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) defende que “a saúde ocupacional tem como missão promover a melhoria das condições de trabalho e outros aspectos de higiene ambiental”, ou seja, a empresa deve promover um espaço de melhoria contínua a todo momento para proteger as pessoas, sejam os clientes que estão entrando no local, sejam os próprios trabalhadores. “É isso que os programas buscam: trazer um ambiente mais saudável para todos”, comenta Sergio Toledo, sócio-administrador da DS Contadores Associados.

Esses cuidados refletem positivamente na empresa, pois favorecem que o funcionário continue apto para exercer a sua função. A partir de uma leitura clara e objetiva do ambiente de trabalho, é mais fácil evitar acidentes. “As empresas têm que entender que precisam cuidar não só da segurança do colaborador, mas também do bem-estar, e isso envolve a saúde”, complementa Toledo. 

A temática é tão relevante que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) reserva um bom espaço para falar sobre saúde e segurança, do artigo 154 ao 201. A Secretaria do Trabalho é a responsável por regulamentar os programas por meio das Normas Regulamentadoras (NRs), que são orientações de procedimentos que devem, obrigatoriamente, ser aplicados para proteção da saúde e segurança dos profissionais. Cada norma é formada por representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores. Atualmente, há 37 normas vigentes que vão desde a definição das obrigações, dos responsáveis até a execução e a fiscalização. 

Dentre elas, o sócio-administrador da DS destaca a NR4, que trata dos serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho e determina que as empresas mantenham esse serviço, ainda que seja necessário terceirizá-lo. O segundo agente indispensável é o médico do trabalho que, diante de um desconforto ou problema de saúde do colaborador, irá acompanhá-lo até que se torne apto a retornar às suas funções.

Sobre os programas

A quantidade de programas de medicina do trabalho que devem ser adotados pela empresa será determinada pelo engenheiro técnico. “O profissional faz uma visita à empresa e identifica, de acordo com a atividade do negócio, quais são os programas mínimos que deverão ser obedecidos”, explica Toledo. Os mais comuns são o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). 

O PCMSO tem caráter preventivo e tem como objetivo monitorar os impactos que as atividades desenvolvidas causam nas pessoas. Para tanto, é feita uma série de exames ocupacionais para avaliar o estado físico e mental do empregado quando ele é contratado, durante o período de contrato e após o seu desligamento. O LTCAT, por sua vez, é um documento que discrimina os agentes aos quais o trabalhador está exposto, sejam eles físicos, químicos ou biológicos. Sua função é informar à Previdência Social se há a possibilidade de aposentadoria especial.  

Já o PPRA reúne as informações do LTCAT para fazer ações de prevenção previstas para os riscos ambientais relacionados às atividades da empresa. Sua principal função é reconhecer, antecipar, avaliar e, consequentemente, minimizar os riscos existentes, de forma a preservar a integridade dos trabalhadores. Em um escritório, por exemplo, o engenheiro do trabalho avalia o ambiente da empresa conferindo a iluminação, a cadeira e a mesa que o funcionário utiliza; ele observa o que pode haver de risco para a saúde do colaborador naquele local.

Toledo cita também o Programa de Conservação Auditivo (PCA) – que consiste no conjunto de medidas que visam a prevenção ou a evolução de perdas auditivas nos trabalhadores expostos a ruídos ocupacionais -; o Programa de Condições e Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) – tem como objetivo analisar as condições do ambiente do trabalho na indústria da construção e indicar as medidas preventivas e de proteção adequadas -; e o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) –  documento histórico-laboral que contém informações referentes às atividades do trabalhador na empresa e dados administrativos, por exemplo -. 

Penalidades

O empregador não pode simplesmente ignorar a implementação dos programas, pois existem sanções para o não cumprimento dessas disposições legais, como multa, embargos e interdição, conforme a NR3 e a NR28, que tratam das fiscalizações e penalidades. As multas variam de acordo com o número de funcionários e o grau de risco a que foram expostos.

O papel da DS Contadores

Quando uma empresa passa a contar com a assessoria do Departamento Pessoal da DS, além da elaboração da folha de pagamento, o empregador, proprietário ou gestor é orientado a cumprir as exigências legais quanto à implementação dos programas de medicina do trabalho. 

Transformação Digital na Contabilidade: agilidade e segurança para os clientes

Diretor contábil da DS Contadores considera que a mudança deve começar pela quebra de paradigmas; empresas resistentes à inovação tendem a sucumbir no mercado

A popularização da internet, nos últimos anos, possibilitou que as empresas utilizassem ferramentas digitais a favor do seu negócio. No entanto, nos dias atuais, ainda é comum encontrar escritórios de contabilidade operando no modelo tradicional, sem lançarem mão da digitalização de documentos e da automação dos processos.  A discussão e movimentação acerca da transformação digital existe há um tempo, mas foi acelerada com a chegada da pandemia no ano passado. O contexto em que vivemos impulsionou a mudança de comportamento de muitos profissionais.

A questão, porém, não se trata apenas do uso de tecnologias, conforme observa o diretor contábil Márcio Dorigon, da DS Contadores Associados. Para inovar e trazer tecnologia para a contabilidade, o primeiro passo é uma mudança de pensamento de gestores e colaboradores, para que haja uma quebra de paradigma e um ambiente que favoreça a transformação digital. O próprio Governo já vem trilhando esse caminho com a implantação de sistemas digitais para envio de ECF (Escrituração Contábil Fiscal), ECD (Escrituração Contábil Digital), eSocial e nota fiscal eletrônica, por exemplo. 

“Nós, profissionais de contabilidade, precisamos constantemente repensar, junto com nossa equipe, sobre a forma de atuação tradicional que nos obriga a lidar com muitos papéis e documentos físicos. Precisamos de processos mais ágeis e seguros”, observa. Neste movimento de incorporação da tecnologia na contabilidade, as informações passam a ser mais dinâmicas, armazenadas na nuvem e as assinaturas e certificações digitais dão vez aos documentos com cópia autenticada. “O contador que não se adaptar a essa inovação tecnológica, que veio para ficar, vai sucumbir no mercado”, prevê.

Na prática, a inovação na contabilidade proporciona maior velocidade nos processos, qualifica os serviços contábeis e os torna mais acessíveis para os profissionais (que otimizam a forma de trabalhar) e para os clientes. Com a transformação digital, os escritórios passam a ganhar mais tempo, a padronizar tarefas, têm mais segurança com relação ao arquivo de documentos, agilidade na entrega das demandas, economia financeira e a possibilidade de atender clientes em diversos locais (forma remota).

Márcio Dorigon pontua ainda como benefício a tomada de decisão mais consistente baseada nos dados contábeis, fiscais ou gerenciais que passam a aparecer quase que em tempo real para o cliente. “Esse diferencial facilita a tomada de decisão de um investimento, de compra ou não de determinado item dentro de uma operação”, exemplifica. A transformação digital contábil pautada na união de boas práticas do escritório, ou do empresário contábil, às ferramentas tecnológicas, impacta positivamente no relacionamento com o cliente, pois, além da agilidade dos trabalhos, aumenta a confiabilidade do processo da informação.  

Parceria estratégica

Há mais de 25 anos em atividade, a DS Contadores Associados é conceituada em Londrina e região por seu pioneirismo e relacionamento de longo prazo com os clientes, mas a busca por melhorias não pára. Desde 2020, a empresa passou a investir mais fortemente em transformação digital e está desenvolvendo uma ferramenta para otimizar a comunicação e gerar mais valor para seus parceiros. A previsão é de que até o final de 2021 a DS tenha um protótipo da ferramenta sendo implementada junto aos seus clientes. A empresa vislumbra, também, se tornar acessível para outras regiões e outros mercados. “Somente com a transformação digital esses objetivos serão possíveis”, complementa o diretor contábil Márcio Dorigon.